O que é EPS?
EPS é a sigla internacional do Poliestireno Expandido. Este plástico celular rígido foi descoberto pelos químicos Fritz Stastny e Karl Buchholz quando trabalhavam nos laboratórios da Basf na Alemanha.
O poliestireno é constituído por uma cadeia de polímeros (estireno) formada pelo carbono. O termo expandido refere-se à expansão sofrida pelas cápsulas de estireno - pérolas de 0,4 a 2,5 mm de diâmetro, podendo ser ampliadas até 50 vezes, quando em uma câmara hermeticamente fechada e aquecida, aplicando-se o vácuo. As cápsulas expandem-se e moldam-se ao recipiente em que foram colocadas e, como este recipiente está sob calor, suas esferas expandidas aderem-se umas às outras, formando um objeto leve e com relativa dureza. Nasce então, o poliestireno expandido. Sem estar em um recipiente de molde, as cápsulas transformam-se em esferas soltas que são utilizadas para enchimento e nos mais diversos tipos de acondicionamento para transporte. Expandidas, as pérolas são constituídas de até 97% de ar e apenas 3% de poliestireno. Em 1m³ de EPS expandido, por exemplo, existem de 3 a 6 bilhões de células fechadas e cheias de ar.
Os produtos finais de EPS são inodoros, não contaminam o solo, água e ar. São 100% reaproveitáveis, recicláveis e podem voltar à condição de matéria-prima. O EPS tem inúmeras aplicações: em embalagens industriais, artigos de consumo (caixas térmicas, pranchas, bolas etc.), decoração (chapas de EPS, sancas, etc.), na agricultura e na construção civil.
É comprovadamente um material isolante. Sem ele os países mais evoluídos não construiriam de modo atualizado e econômico, visando a economia de energia. Nos últimos anos esse material ganhou uma posição estável na construção civil, não apenas por suas características isolantes mas também por sua leveza, resistência, facilidade de manuseio e baixo custo.
Os sistemas construtivos em EPS são atualmente o que há de mais avançado na construção civil na Europa, Estados Unidos e Canadá, onde sua aplicação alcança índices de crescimento acima do normal para economias estáveis como os países do primeiro mundo. Sistemas monolíticos, ICF (Insulating Concrete Forms), SIP (Strutural Insulating Panels) são soluções para a construção civil moderna, preocupada com o meio ambiente, redução de custos, racionalização de energia, além de conforto térmico acústico dos usuários.
Em um recipiente de molde, o poliestireno expandido toma a forma que nossa imaginação desejar. Sua forma pode ser de placas planas, tão conhecidas nas forrações de escritórios até peças de encaixe para acondicionamento de produtos, como eletrodomésticos e motores. Neste mercado o poliestireno expandido é perfeito, pois é leve, absorve choques mecânicos, facilita o transporte e reduz o espaço físico para armazenamento e seu custo é baixo.
Com o avanço da tecnologia o poliestireno expandido cada vez mais faz parte das nossas vidas. Atualmente, está sendo utilizado na substituição da cerâmica da laje de concreto, sob a forma de caixão perdido e formas para concreto. Aos poucos esta tecnologia está revolucionando a construção civil, facilitando a edificação, pois é muito mais leve (98% do seu volume é constituído de ar), além de ser térmico, ter alta resistência à compressão, à vibração mecânica e baixa absorção de umidade. Mas o grande atrativo está na queda dos custos para edificação de uma laje, seja ela de cobertura ou piso.
Sob o ponto de vista ecológico, o poliestireno expandido atende as regulamentações governamentais quanto à segurança e saúde. O EPS é um plástico celular rígido, resultante da polimerização do estireno em água. Em seu processo produtivo não se utiliza e nunca se utilizou o gás CFC ou qualquer um de seus substitutos. Como agente expansor para a transformação do EPS, emprega-se o pentano, um hidrocarbureto que se deteriora rapidamente pela reação fotoquímica gerada pelos raios solares, sem comprometer o meio ambiente.